sexta-feira, 26 de maio de 2017

diferença de gênero e relações familiares

Para mim isso nunca foi uma escolha, mas para minha família sim. Bom não vou falar família, pois eles me consideram uma aberração.
               Me chamava Nicole, mas hoje sou Nicolas, venci meus medos, mas minha “família” não. Eles acham quer ser uma pessoa do grupo LGBT é uma escolha de ser assim, que as pessoas “viram” LGBT por conta de mídia. Eu não aceito isso. Sou trans e isso não é uma escolha.
            Quando era pequeno minha avó já percebia que eu brincava só com os meninos, e usava roupas mais largas. Então começou a me obrigar a usar vestidos rosas e conseguiu tirar meu contato com os meninos que eu era amigo. Desde então já sabia o que eu era. Menino.
            Minha avó pirava e meu pai enlouquecia. Aos dez anos raspei todo o meu cabelo. Minha avó não queria mais me ver e meu pai me castigou tirando tudo de mim. Estudar. Escola. Casa. Não fazia outra coisa.
             Agora com dezessete, tudo o que eu faço é esperar ter dezoito anos, sair daqui viver minha vida e não olhar para trás.

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